Andrii e Valeriia Karpylenko. Casaram, sensivelmente, no início deste mês. Numa fábrica. Três dias depois, morreu. Ele. El..." /> Andrii e Valeriia Karpylenko. Casaram, sensivelmente, no início deste mês. Numa fábrica. Três dias depois, morreu. Ele. El..." />

Pessoas como nós

10-08-2022

Andrii e Valeriia Karpylenko. Casaram, sensivelmente, no início deste mês. Numa fábrica. Três dias depois, morreu. Ele. Ela? Continua a combater. Li no Observador: "Ela promete salvar-se e viver por ele". 

Lembrei-me deles. Agora. 

Em 2020, em cada cem casamentos, registou-se uma percentagem de 91.5% de divórcios (Pordata). Em Portugal. Para além dos "porquês" (pertence a cada um), o que, verdadeiramente, será interessante, na leitura destes números, são as pessoas. E o caminho! 

Lembrei-me deles. Agora. 

Escuto, algumas vezes, frases como: "não me separo por causa dos meus filhos"; "prefiro esperar que cresçam para, depois, poder pensar em mim". Deveria ser assim?

Escuto, algumas vezes "nunca serei capaz de mudar"; "prefiro estar como estou...pelo menos, já sei com que posso contar". Será?

Escuto, algumas vezes, "desamores". E o modo como nos habituamos a ele. Ao "desamor".  

Escuto, algumas vezes, o adiar. E a permanência. Naquilo que não queremos. Por mais que nos esforcemos para querer. 

Pessoas como nós. 

A separação. As pessoas separam-se por diversos motivos. Mas, talvez o principal, será nunca desistirem de poderem caminhar em direção a... Poderia dizer, em direção a serem mais felizes. Mas prefiro dizer em direção ao amor. 

A separação magoa. Muito. Sentimo-nos metade. Do que imaginámos que iríamos ser. Perdemos. E perdemo-nos. A separação torna o tempo difuso. Finta os projetos que tínhamos, a dois. E que deixámos de ter. Os dois. 

A separação obriga-nos. A ir. A chorar. A porquês. A chorar. A zangarmo-nos. Connosco. Com o tempo. Esse estranho que joga "aos dados" com a nossa vida.   

Mas,

A separação, apesar de tudo, pode fazer bem. Quando conseguimos aprender. E compreender os "ses" (de antes). Os dois. Quando passamos a acrescentar-nos. A nós. Assim consigamos tornarmo-nos, todos os dias, melhores. Pessoas. 

A separação, apesar de tudo, pode fazer bem. Aos dois. Porque, de alguma forma, não adiamos. Não adiamos mais. O amor.  

Não são os filhos. Não é o trabalho. (as razões que damos! ou que precisamos dar para não olharmos para nós. Magoa!). Vocês sabem isso. E eu também. Somos nós. E o medo. Medo de "rasgarmos" o desamor. E a dúvida. E o medo. E a habituação ao desamor. E é tão fácil chegarmos até aqui! 

Pessoas como nós.  

A separação obriga-nos a ir. E a nunca se desistir. Do que se foi. E, mais ainda, do que seremos. Em direção ao amor. Seja em que idade for! 

Pessoas como nós.  

Ana Carolina Pereira

A seu pedido de consulta foi enviado com sucesso!
Muito obrigado! Receberá um contacto breve da nossa parte!
Início
Em qual das nossas clínicas?
Por favor seleccione a clínica.
Por favor confirme que aceita
a Política de Privacidade.
Qual a especialidade pretendida?
Por favor seleccione a especialidade.
Para que o/a possamos contactar, selecione uma opção.
Por favor escreva o seu telefone.
O nº de telefone tem de ter 9 dígitos.
Por favor escreva o seu e-mail.
Agradecemos o seu contacto! Pode-nos dizer o seu nome?
Por favor escreva o seu nome.
A sua mensagem foi enviada com sucesso!
Muito obrigado! Receberá um contacto breve da nossa parte!
Início
Qual o assunto pelo qual nos contacta?
Por favor seleccione o assunto.
Por favor escreva a mensagem.
Por favor confirme que aceita
a Política de Privacidade.
Para que o/a possamos contactar, selecione uma opção.
Por favor escreva o seu telefone.
O nº de telefone tem de ter 9 dígitos.
Por favor escreva o seu e-mail.
Agradecemos o seu contacto! Pode-nos dizer o seu nome?
Por favor escreva o seu nome.