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A consulta de avaliação do desenvolvimento possibilita uma avaliação psicológica e um exame clínico, detalhado e minucioso, dos 0 aos 6 anos, do desenvolvimento global de uma criança e para a qual conflui a consideração das diversas áreas do desenvolvimento infantil, especificamente, no âmbito:
- cognitivo
- da linguagem (recetiva e expressiva) e comunicação
- do raciocínio prático
- das funções executivas (atenção, orientação, por exemplo)
- das competências psicomotoras (motricidade geral e destreza óculo-manual) e competências visuopercetivas
- da consciência espácio-temporal, do autoconceito e autonomia
- da dinâmica sócioafectiva.
A avaliação do desenvolvimento será essencial nas circunstâncias em que os pais/representantes legais, educadores (no contexto do seu sistema de ensino), por exemplo, procuram compreender as potenciais assimetrias no desenvolvimento de uma criança (que possam estar a condicionar o seu processo de crescimento e robustez de aquisições desenvolvimentais) e as suas principais dificuldades numa determinada área de desenvolvimento. E, de igual modo, nas circunstâncias em que se pretenda uma avaliação, psicológica e psicopedagógica, para entrada antecipada, adiada/retardada ou condicional para o 1º Ciclo do Ensino Básico (nos casos em que uma criança completa os 6 anos entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro, consoante Despacho Normativo n.º5/2020 da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares).
Este formato de avaliação, para além da avaliação global (quantitativa e qualitativa) do desenvolvimento de uma criança, possibilita a identificação, avaliação e compreensão das suas competências e capacidades, bem como as áreas que, em consequência de um conjunto de indicadores que o justifiquem, possam estar menos investidas e menos sólidas (comparativamente com as aquisições normativas expectáveis para determinada faixa etária). Resultará desta dinâmica a possibilidade de, a partir dessa análise global, se delinear uma proposta de intervenção psicopedagógica - e, nas circunstâncias em que se considerar essencial - um trabalho psicoterapêutico (consentido) - que promova um desenvolvimento e crescimento harmonioso de uma criança. Sendo que crescer nunca se fará, como, por vezes, se poderia imaginar, sem sobressaltos ou “em linha reta”, ou seja, sem períodos, circunscritos e pontuais, de “rutura”, de “desorganização” e, em síntese, de desafios. O que separará estes movimentos, salutares, de desenvolvimento de uma criança dos indicadores clínicos que merecerão uma análise, avaliação e intervenção especializada, será o modo como, progressiva e insidiosamente, parecem comprometer determinadas aquisições, o seu desempenho e o percurso do desenvolvimento. Que os pais, de um modo intuitivo e atento, vão identificando. E que a escola, ou outros educadores do sistema familiar, de modo, igualmente, atento, vai sinalizando.